Desbravamos a Gruta da Lancinha

Tudo bem, não somos os primeiros a passar por lá mas, para os marinheiros de primeira viagem, foi uma aventura. 

Primeiro que para entrar na gruta tivemos que passar por uma abertura entre duas rochas super apertada, escorregando. Essa passagem é inclusive conhecida como quebra-ossos. A escuridão absoluta tentava esconder as bonitas formações, esculpidas pela natureza durante uma infinidade de anos, mas estávamos com nossas lanternas em punho. O silêncio era quebrado pelo eco estranho das nossas conversas, das nossas botas e dos que caiam na água. Sim, porque durante a maior parte do tempo andávamos com a água na altura das canelas.

Não encontramos nenhum morcego, apenas a nova Patrulha! No fim a gruta se abria em uma grande galeria. Não víamos a cachoeira que desaguava ali, mas era impossível não ouví-la. O rio seguia, depois de banhar os elementos que deixaram o frio para lá e se meteram entre as pedras.

Curiosidades

A gruta da Lancinha é a terceira maior do Estado, com 2.080 metros de extensão. Ela é cortada pelo Ribeirão da Lança - que tem alguns problemas de assoreamento e é considerada ainda a terceira em biodiversidade do Brasil, abrigando 75 espécies de fauna (a maioria animais invertebrados). Fica situada no município de Rio Branco do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, a menos de cinco quilômetros da zona urbana. Por isso, também é vítima de pichações, destruição de formações rochosas e abandono de resíduos. Historicamente, a Gruta da Lancinha é uma das mais importantes do Paraná, já que existem citações bibliográficas relativas a ela datadas de 1880.